
Estamos diante de uma grande movimentação no cenário da tecnologia. Com as ameaças digitais em expansão, a pauta “cibersegurança” torna-se cada vez mais relevante na agenda da diretoria. Riscos na continuidade do negócio continuam a surgir e, por isso, estrategistas estão voltando seu foco e investimento para resiliência e proteção cibernética.
A pedido da Per Scholas, a Talker Research conduziu uma pesquisa onde foram entrevistados cerca de 1.000 líderes C-level nas áreas de data center e segurança cibernética. O principal dado que demonstra a mudança nas prioridades do setor foi: 64% dos executivos acreditam que os ataques cibernéticos são o principal desafio para as empresas pelos próximos 10 anos.
A segurança digital não é mais um tema exclusivo das áreas técnicas, ela passa a ser uma chave essencial para a sustentabilidade de um negócio.
Cibersegurança: a nova prioridade estratégica
Ao analisar a pesquisa, é possível observar que 56% das empresas já enfrentaram uma tentativa de invasão, enquanto 43% já tiveram os seus dados violados. Mesmo diante desses números, apenas 48% dos funcionários acreditam que seu local de trabalho está preparado para prevenir ataques – o que destaca o ponto de percepção do desafio que estamos enfrentamos.
E é através dessa visão que os investimentos em segurança digital se destacam. Cerca de 53% dos executivos pontuam que, ao contratar, o conhecimento em cibersegurança é a habilidade mais buscada atualmente, ultrapassando até mesmo outras competências técnicas, de nuvem e infraestrutura.
E onde a IA e compliance entram na discussão?
Outra vertente da tecnologia que não para de evoluir é a inteligência artificial e, com isso, cresce também a necessidade de profissionais que entendam e estejam preparados para usá-la de modo a operar e proteger infraestruturas digitais.
48% dos líderes acreditam que a integração com IA também está entre os maiores desafios organizacionais para os próximos anos. Ao mesmo tempo, 35% destacam a preocupação em torno das mudanças regulatórias da IA.
É visível que profissionais com domínio técnico aliado ao compliance e segurança serão altamente estratégicos para a segurança e governança digital em uma empresa.
Volume de dados e escalabilidade: o papel da segurança nos data centers
O crescimento do volume de dados gerados por AI e a contínua digitalização dos negócios impactam também na necessidade de maiores espaços de armazenamento em data centers físicos, híbridos ou em nuvem. A pesquisa mostra também que apenas 57% dos executivos confiam na capacidade do setor de acompanhar a demanda crescente nos próximos 5 anos.
Esse dado revela que a infraestrutura existente hoje ainda é vulnerável, e que é cada vez mais necessário mão de obra para crescer com segurança e estabilidade. Para que empresas consigam se manter competitivas, é necessário que seus profissionais sejam capazes de:
- Mapear riscos e vulnerabilidades no ecossistema digital,
- Garantir conformidade com as regulamentações,
- Aplicar políticas de Zero Trust, e
- Preparar o ambiente para incidentes de segurança e cenários adversos.
Garantir pessoas certas para assegurar a continuidade do negócio
Confiança digital é vantagem competitiva. E nesse ambiente, aqueles negócios que sejam capazes de atrair profissionais com foco em segurança estarão inclinados a um crescimento sustentável.
Quem diz isso são os dados: 81% dos profissionais de TI já tomam medidas de proteção para os dados que utilizam. Junto disso, 88% estão dispostos a investir seu tempo em capacitação sobre segurança, uma vez que a empresa ofereça oportunidades de desenvolvimento.
Estimular essa proatividade deve vir de dentro, através de políticas internas de treinamento, trilha de aprendizado e uma cultura organizacional que inclua a segurança e prevenção como parte estratégica.
Contratar para proteger é o novo foco do mercado, que está em constante expansão e cada vez mais suscetível a riscos. A capacidade de enfrentá-los começa pela escolha e capacitação de especialistas que estarão nessa frente.